Cai. Levantei-me.
Cai novamente. Levantei-me mais forte e mais fraca.
Cai...
Levanto-me pela ultima vez...
Um pé a seguir ao outro, penosamente..
Apoio-me com as maos no chao.
Os dedos ficam sujos mas a mente mais limpa.
Ergo a cabeça.
Devagarinho, sem pressa.
Olho para a frente.
Ainda nao vejo nada, apenas me apercebo.
A dor de cabeça permanece.
Retiraram-me o habito e trouxeram-me o alivio. Confuso.
De pé, encostada à minha sombra.
Dou um passo para lá.Ali. Além. Longe mas ainda muito perto.
Onde há sombra, há luz.
Ideias, Idiotas.
Força sem esforço
Solucionei.
O melhor do Pior.
Acordei sozinha.
Feliz e triste.
Triste humanidade.
Que nao gosta de solidao mas oferece-a ao seu proximo.
Precisava?
Sim, mas ainda bem que existiu a solidao insolidaria.
Fui. Voltei.
Fui. Perdi-me
Fui. Já nao sei o caminho de volta.
Essa nuvem carregada de lagrimas acidas
Cairam-me encima e corroeram-me.
Amor corrosivo.
Arrependimento nocivo.
Mas os meus pés descalços no chão
Enrraizaram-se nesta terra. Terra da qual nasci. Ela alimenta-me.
Cortaram-me o caporal mas, nao me cortaram a fonte.
Como uma arvore,
Retalharam-me maldosamente e sem escrupulos as extremidades frageis,
Mas nasco com ramos maiores, bonitos, poderosos.
Obrigada natureza por me fazeres depender de ti quando nao posso depender da alma que essa nasce do ceu e nao da terra....
Sou eu, sem ti, sem voces.
Sou eu por mim, por voces.
Sou eu, sem mim, comigo para mim.
Sou eu, com dor e prazer
Com amor.
Com medo.
Com força.
Com vigor.
Obrigado.
Eu sei. Mas obrigado por me relembrares.
Obrigado por me relembrarem.
Voces contam.
Voces valem.
E fazem-me relembrar o quanto eu valho quando me esqueço que dentro desta terra que me criou,
Existe o céu.
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