
Quero-te...
Não, não te quero!
Vai-te embora.
Foge. Desaparece.
Apaga-te. Dilui-te. Funde-te.
Funde-te no meio de longínquas memorias. Memorias pertencendo a uma vida passada.
Sai. Vai além, longe!!
Respiro fundo, fico calma.
Quero-te novamente...
Não. A dura realidade volta.
Quero-te mas não posso.
Ter-te é... pecar.
E querer o impossível.
É recuar. É parar no tempo. E eu quero viver.
Mas eu quero-te
Quero sentir-te novamente. Quero possuir-te e ser possuída.
O teu calor, o teu cheiro, a tua voz, a tua simples presença.
Quero tudo isso.
Mas rejeito-te convictamente. Com fé e determinação.
Não és bom. Eu sou melhor.
Desejo-te.
Como o fogo precisa de oxigénio para se consumir.
Desejo-te como preciso do ar que respiro.
Tenho vontade de ti.
Quero-te pegar na mão, levar-te para longe. Para melhor.
Quero acreditar em ti. Mas não consigo. Não me iludo.
Quero olhar-te nos olhos e ver verdade. Mas só vejo mentira.
Quero ter-te. Mas nunca te terei, porque já não te quero afinal !
Quero-te.
Tu queres-me.
Não para hoje, nem amanha.
Mas para sempre...
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